Angropofagia século 21

Antropofagicamente, assimilei um acontecimento recente e fiz um blog, um nikki (日記) - diário em japonês - pós-moderno de fatos, farsas, ficção, relatados através dos meus textos ficcionais. Nele, apresento textos antigos já publicados em alguma mídia, observações sobre o cotidiano, textos atuais e tudo o mais que surgir. bjos a todos que passarem por aqui.

Alterei minhas postagens iniciais porque a nova mídia ainda me faz questionar conceitos como título (de postagem ou do próprio texto?), gênero (o gênero se altera pela mudança de suporte?) e a descoberta da imagem como recurso narrativo.

Por favor, comentem o resultado, talvez provisório e os textos em si.

Aos poucos, a meta é que a linguagem deste blog amadureça, como uma eterna e instigante construção.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Morte é uma transação solitária ou a longa ausência

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Esta longa interrupção nos meus relatos e escritos postados neste blog, deve-se, primeiramente, aos diversos eventos – acadêmicos ou não – que se acumularam no final deste semestre. Pensei em contar cada um destes eventos de forma retrospectiva, do mais recente ao mais remoto, depois de voltar de Sampa (minha última estadia fora de casa). Entretanto, lá mesmo, acordei na madrugada de sexta pra sábado com uma crise de sinusite muito forte, que vinha se juntar à infecção de garganta que já me acometia encubada desde Maringá (a viagem anterior). O que fiz nestas duas cidades, contarei mais tarde. Agora, relatarei apenas a enfermidade que me impediu de escrever.
Acordei antes das 5 da matina, lutando violentamente pra respirar e fracassando vergonhosamente! Lá mesmo, fiz um chá de citronela – que não é usada para esse fim, mas por algum motivo funciona pra desobstruir as minhas vias aéreas – e passei mais um dia e meio na cidade, incomodada provavelmente com a secura do ar e a poluição. De volta a Curitiba, mal me levantava da cama. Praticamente só acordava para fazer inalações, tomar remédios e o meu chazinho salvador. Assim, adiei a escrita, porque ficava com enxaqueca logo ao sentar na frente do computador.
Como ainda não melhorei totalmente, mas ao mesmo tempo preciso retomar a escrita, indico o romance policial Morte é uma transação solitária, de Ray Bradbury. Há uma certa característica do protagonista – esclarecida completamente próximo ao desfecho do livro e que tem relevância na solução final do mistério – que lembra bastante a minha situação atual. Abaixo, uma imagem do livro e, por hora, até mais.


#Morteéumatransaçãosolitária #RayBradbury

4 comentários:

  1. Que meleca! Espero que já estejas 100%!!! E aguardo notícias das viagens... bjo

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  2. Su, que saudades! Manda sinais de fumaça!

    Li um livro interessantíssimo que me fez lembrar de você:

    In A Discontented Diaspora, Jeffrey Lesser investigates broad questions of ethnicity, the nature of diasporic identity, and Brazilian culture. He does so by exploring particular experiences of young Japanese Brazilians who came of age in São Paulo during the 1960s and 1970s, an intensely authoritarian period of military rule. The most populous city in Brazil, São Paulo was also the world’s largest “Japanese” city outside of Japan by 1960. Believing that their own regional identity should be the national one, residents of São Paulo constantly discussed the relationship between Brazilianness and Japaneseness. As second-generation Nikkei (Brazilians of Japanese descent) moved from the agricultural countryside of their immigrant parents into various urban professions, they became the “best Brazilians” in terms of their ability to modernize the country and the “worst Brazilians” because they were believed to be the least likely to fulfill the cultural dream of whitening. Lesser analyzes how Nikkei both resisted and conformed to others’ perceptions of their identity as they struggled to define and claim their own ethnicity within São Paulo during the military dictatorship.

    Lesser draws on a wide range of sources, including films, oral histories, wanted posters, advertisements, newspapers, photographs, police reports, government records, and diplomatic correspondence. He focuses on two particular cultural arenas—erotic cinema and political militancy—which highlight the ways that Japanese Brazilians imagined themselves to be Brazilian. As he explains, young Nikkei were sure that their participation in these two realms would be recognized for its Brazilianness. They were mistaken. Whether joining banned political movements, training as guerrilla fighters, or acting in erotic films, the subjects of A Discontented Diaspora militantly asserted their Brazilianness only to find that doing so reinforced their minority status.

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  3. Foi ele que veio pra fala junto com o Alexandre Kishimoto, né?

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  4. Foi ele que veio pra fala junto com o Alexandre Kishimoto, né?

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